Sexta Feira Santa,
celebração da Paixão e morte de Jesus.
Em todo o ano,
existe somente um dia
em que não se celebra a Santa Missa:
a Sexta-Feira Santa.
Ao invés da Missa temos uma celebração que
se chama Funções da Sexta-feira da Paixão,
que tem origem em uma tradição
muito antiga da Igreja
que já ocorria nos primeiros séculos,
especialmente depois da inauguração da Basílica
do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por
parte de Santa Helena (ano 335 d.C.).
Esta celebração é dividida em três partes:
a primeira é a leitura da Sagrada Escritura
e a oração universal feita por todas as pessoas
de todos os tempos;
a segunda é a adoração
da Santa Cruz e a
terceira é a Comunhão Eucarística,
juntas formam o memorial
da Paixão e Morte de Nosso Senhor.
Memorial não é apenas relembrar ou fazer
memória dos fatos,
é realmente celebrar agora, buscando
fazer presente,
atual, tudo aquilo que Deus realizou
em outros tempos.
Mergulhamos no tempo para nos
encontrarmos com a graça de Deus no momento
que operou a salvação e, ao retornarmos
deste mergulho, a trazemos em nós.
Nós cristãos temos a consciência
que Jesus não é apenas um
personagem da história ou alguém
enclausurado no passado acessível
através da história somente.
"Jesus está vivo!"
Era o que gritava Pedro na manhã de Pentecostes
e esse era o primeiro anúncio da Igreja.
Jesus está vivo e atuante em nosso meio,
a morte não O prendeu.
A alegria de sabermos
que, para além da dolorosa
e pesada cruz colocada sobre os ombros
de Jesus, arrastada por Ele
em Jerusalém,
na qual foi crucificado,
que se torna o simbolo
de sua presença e do amor de Deus,
existe Vida, existe Ressurreição.
Nossa vida pode se confundir
com a cruz de Jesus
em muitos momentos, mas diante dela temos
a certeza que não estamos sós,
que Jesus caminha conosco em nossa
via sacra pessoal e, para além da dor,
existe a salvação.
via sacra pessoal e, para além da dor,
existe a salvação.
Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza:
Jesus não é simplesmente um mestre
de como viver bem esta vida,
como muitos se propõem,
mas o Deus vivo e operante em nosso meio.
Gustavo e Ricardo
apresentam a cruz para ser beijada.
Em nosso mundo de hoje,
falar da Adoração à Santa Cruz pode gerar
confusão de significado,
mas o que nós fazemos
é venerar a Cruz e, enquanto a veneramos,
temos nosso coração
e nossa mente que ultrapassa aquele madeiro,
ultrapassa o crucifixo, ultrapassa mesmo
o local onde estamos, até encontrar-se
com Nosso Senhor pregado naquela cruz,
dando a vida para nos salvar.
Quando beijamos a cruz, não a beijamos por si mesma,
a beijamos como quem beija o próprio rosto de Jesus,
é a gratidão por tudo que Nosso Senhor
realizou através da cruz.
O mesmo gesto o padre realiza no início
de cada Missa ao beijar o Altar.
É um beijo que não pára ali,
é beijar a face de Jesus.
Por isso, não se adora o objeto
O objeto é um símbolo, ao reverenciá-lo
mergulhamos em seu significado
mais profundo,
o fato que foi através da Cruz
que fomos salvos.
Bendita Cruz de Cristo que nos trouxe
a salvação!!!
Este momento é chamado de Adoração à Santa Cruz,
que significa adorar a Jesus que
foi pregado na cruz através do toque concreto
que faziam naquele madeiro onde Jesus
foi estendido e que foi banhado
com seu sangue. "
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