Quem sou eu

Giruá, RS, Brazil
A Carmelita Contemplativa responde ao convite de Jesus Cristo seguindo o Seu caminho, o Seu projeto de vida, a Pessoa de Jesus, no Carmelo. No evangelho vemos que Jesus trabalhou, ensinou, curou doentes, visitou famílias, anunciou a boa nova do Reino, rezou... Nós, Irmãs Carmelitas Contemplativas reproduzimos na Igreja a vida orante de Jesus. Através da Oração somos discípulas e missionárias de Jesus até os confins do mundo. Carregamos no coração as esperanças, as alegrias, a dor, o sofrimento, as lutas, o progresso, enfim tudo o que faz parte da vida de nossos irmãos e irmãs que caminham neste mundo e também aqueles nossos irmãos e irmãs que já partiram deste mundo e ainda esperam a plena posse da felicidade eterna e, em nossa oração apresentamos tudo isso com Jesus ao Pai.

19 de abril de 2019

SEXTA FEIRA SANTA: PAIXÃO E MORTE DE CRISTO NA CRUZ

Sexta Feira Santa,
celebração da Paixão e morte de Jesus.
Em todo o ano,
 existe somente um dia 
em que não se celebra a Santa Missa:
 a Sexta-Feira Santa.
 Ao invés da Missa temos uma celebração que 
se chama Funções da Sexta-feira da Paixão,
 que tem origem em uma tradição 
muito antiga da Igreja
 que já ocorria nos primeiros séculos, 
especialmente depois da inauguração da Basílica 
do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por
 parte de Santa Helena (ano 335 d.C.).
Esta celebração é dividida em três partes:
a primeira é a leitura da Sagrada Escritura 
e a oração universal feita por todas as pessoas
 de todos os tempos; 
a segunda é a adoração
 da Santa Cruz e a 
terceira é a Comunhão Eucarística, 
juntas formam o memorial
 da Paixão e Morte de Nosso Senhor.
 Memorial não é apenas relembrar ou fazer 
memória dos fatos,
 é realmente celebrar agora, buscando 
fazer presente,
 atual, tudo aquilo que Deus realizou 
em outros tempos.
 Mergulhamos no tempo para nos
 encontrarmos com a graça de Deus no momento
 que operou a salvação e, ao retornarmos
 deste mergulho, a trazemos em nós.
 Nós cristãos temos a consciência 
que Jesus não é apenas um
 personagem da história ou alguém 
enclausurado no passado acessível 
através da história somente.
 "Jesus está vivo!" 
Era o que gritava Pedro na manhã de Pentecostes
 e esse era o primeiro anúncio da Igreja.
 Jesus está vivo e atuante em nosso meio, 
a morte não O prendeu. 
A alegria de sabermos
 que, para além da dolorosa 
e pesada cruz colocada sobre os ombros
 de Jesus, arrastada por Ele 
em Jerusalém, 
na qual foi crucificado, 
que se torna o simbolo 
de sua presença e do amor de Deus, 
existe Vida, existe Ressurreição. 
Nossa vida pode se confundir
 com a cruz de Jesus 
em muitos momentos, mas diante dela temos 
a certeza que não estamos sós, 
que Jesus caminha conosco em nossa
via sacra pessoal e, para além da dor,
existe a salvação. 
Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza:
 Jesus não é simplesmente um mestre 
de como viver bem esta vida, 
como muitos se propõem,
 mas o Deus vivo e operante em nosso meio.
Gustavo e Ricardo 
apresentam a cruz para ser beijada.
Em nosso mundo de hoje,
 falar da Adoração à Santa Cruz pode gerar 
confusão de significado, 
mas o que nós fazemos 
é venerar a Cruz e, enquanto a veneramos, 
temos nosso coração
e nossa mente que ultrapassa aquele madeiro,
 ultrapassa o crucifixo, ultrapassa mesmo 
o local onde estamos, até encontrar-se
 com Nosso Senhor pregado naquela cruz,
 dando a vida para nos salvar. 
Quando beijamos a cruz, não a beijamos por si mesma, 
a beijamos como quem beija o próprio rosto de Jesus,
é a gratidão por tudo que Nosso Senhor
 realizou através da cruz. 
O mesmo gesto o padre realiza no início 
de cada Missa ao beijar o Altar. 
É um beijo que não pára ali, 
é beijar a face de Jesus.
 Por isso, não se adora o objeto
O objeto é um símbolo, ao reverenciá-lo 
mergulhamos em seu significado 
mais profundo, 
o fato que foi através da Cruz
 que fomos salvos.
Bendita Cruz de Cristo que nos trouxe 
a salvação!!!
Este momento é chamado de Adoração à Santa Cruz, 
que significa adorar a Jesus que
 foi pregado na cruz  através do toque concreto 
que faziam naquele madeiro onde Jesus 
foi estendido e que foi banhado 
com seu sangue. "

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