Quem sou eu

Giruá, RS, Brazil
A Carmelita Contemplativa responde ao convite de Jesus Cristo seguindo o Seu caminho, o Seu projeto de vida, a Pessoa de Jesus, no Carmelo. No evangelho vemos que Jesus trabalhou, ensinou, curou doentes, visitou famílias, anunciou a boa nova do Reino, rezou... Nós, Irmãs Carmelitas Contemplativas reproduzimos na Igreja a vida orante de Jesus. Através da Oração somos discípulas e missionárias de Jesus até os confins do mundo. Carregamos no coração as esperanças, as alegrias, a dor, o sofrimento, as lutas, o progresso, enfim tudo o que faz parte da vida de nossos irmãos e irmãs que caminham neste mundo e também aqueles nossos irmãos e irmãs que já partiram deste mundo e ainda esperam a plena posse da felicidade eterna e, em nossa oração apresentamos tudo isso com Jesus ao Pai.

16 de outubro de 2016

SANTA ELISABETE DA TRINDADE

Elisabete da Trindade:
a santa que deixou-se modelar 
pelas mãos do divino Oleiro.
“Acreditar que um ser, que se chama
 Amor, habita em nós a qualquer momento 
do dia e da noite e que nos pede que 
vivamos em sociedade com ele,
 eis o que transformou a minha vida num
 céu antecipado”.
Elisabete e Margarida.
Na manhã de domingo, 
18 de julho de 1880,
 Elisabete Cates nasce no 
acampamento militar de Avor, 
onde seu pai, o Capitão José Catez, 
do oitavo esquadrão do trem das
 equipagens, está em guarnição.
O seu nascimento não esteve isento 
de dificuldades. 
Os dois médicos presentes já haviam
 advertido o Capitão que seria necessário fazer 
 o sacrifício desta primeira criança.
 A mãe sofreu muito 
durante trinta e seis horas. 
Mas, no final da Missa que o
 Capelão Chaboisseau 
celebrava nas suas intenções,
 a pequena Elisabete vem ao mundo.
 A criança tem boa saúde, 
“era muito bonita e muito esperta”, 
se recordará a senhora Catez.
 A 22 de julho, festa de Santa 
Maria Madalena
(será motivo de alegria para
 a futura contemplativa), 
ela é batizada.
 
Elisabete: 
"Quando tirei essa foto
 estava pensando NELE!"
Em 1901 entrou no Carmelo
 descalço de Dijon.
 Foi uma verdadeira adoradora 
em espírito e verdade, entre
 penas interiores e doenças, 
 
viveu como "louvor de glória" 
da Santíssima Trindade presente na alma,
 encontrando no mistério da habitação 
de Deus na alma o seu "céu na terra",
 seu carisma e missão eclesial.
Correu, voou, no caminho da perfeição
 e em 09 de novembro de 1906 expirava, 
por causa de uma úlcera de estômago.
Oração que resume sua vida.
Elevação à Trindade:
“Ó meu Deus, Trindade que adoro, 
ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim mesma, 
para fixar-me em vós, imóvel e calma, 
como se minha alma estivesse já na eternidade, 
que nada possa perturbar-me a paz,
nem me fazer sair de vós, ó meu imutável, 
mas que cada instante me leve mais avante na profundidade 
de vosso mistério!
Apaziguai-me a alma, fazei dela o vosso céu,
 vossa morada preferida, o lugar de vosso repouso,
 que jamais aí vos deixe só, mas que esteja toda inteira,
 totalmente desperta em minha fé, toda em adoração, 
completamente entregue a vossa ação criadora.
Ó Cristo, meu amado crucificado por amor, 
quisera ser uma esposa para vosso coração,
 quisera cobrir-vos de glória, amar-vos...
 até morrer de amor. Sinto, porém, 
a minha fraqueza e peço-vos me revestir de vós mesmo, 
identificar a minha alma com todos 
os movimentos da vossa, submergir-me em vós,
 invadir-me, substituir-vos a mim para 
que minha vida seja uma verdadeira irradiação da vossa. 
Vinde a mim como adorador, 
como reparador, como salvador.
Ó Verbo eterno, palavra de meu Deus, 
quero passar a vida a ouvir-vos, 
quero ser de uma docilidade absoluta para tudo apreender de vós;
 e depois, através de todas as trevas, todos
 os vácuos, todas as fraquezas, quero fitar-vos 
sempre e ficar sob a vossa grande luz. 
Ó meu astro Amado, fascinai-me para que não
 me seja mais possível sair de
 vosso clarão radioso.       
Ó fogo consumidor, Espírito de amor, 
vinde a mim, para que se opere em minha alma 
como que uma encarnação do Verbo, 
que eu seja para ele um acréscimo de humanidade 
na qual renove todo o seu mistério, e vós, 
ó Pai, inclinai-vos bondosamente sobre 
a vossa pobre criatura,
 só considerando nela o Muito Amado,
 no qual pusestes todas as vossas complacências.             
Ó meus “Três”, meu tudo, minha beatitude,
 solidão infinita, imensidade onde me perco,
 entrego-me a vós como uma presa, 
sepultai-vos em mim, para que eu me sepulte em vós,
 enquanto espero ir contemplar
 em vossa luz o abismo 
de vossas grandezas.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário